segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os perfis das mulheres que amam demais

Para Robin existem dois perfis de MADA: a controladora e a submissa.

• As controladoras são:
- Autoritárias
- Articuladoras
- Rígidas
- Ciumentas
-Possesivas
- Desconfiadas
-Egoístas
-Vingativas


• As submissas são:
- Prestativas
- Dedicadas ao extremo
- Carinhosas
- Altruístas
- Dependentes de companhia

Experiências

Experiência 1: “É como se todo aquilo que pensasse estivesse ido por água a baixo, encontrei ali mulheres normais que procuraram ajuda para compreender seu sentimento e sua forma de amar, pois constataram que havia algo de errado com seus relacionamentos, não só casamento, namoro, mas também com amigos e filhos, todos os relacionamentos ao qual dispensavam amor.
Essas constatações de que há algo de errado não caí do céu, em cerca de 90% das mulheres do grupo, isso vem depois de muito sofrimento e perdas. Em alguns casos chegar a acreditar que sua forma de amar esta errada vem da agressividade que se encontravam, dos ciúmes excessivos, da desconfiança que se tornava insuportável, do afastamento das pessoas que amavam, da reação delas após esse afastamento e assim por diante.
Assim, após essa decisão de procurar ajuda elas procuravam o MADA e lá não há um médico para fazer seu diagnostico e dizer o que você deve mudar, existem pessoas que algum dia passaram ou ainda passam pelas mesmas coisas que você, que faz as mesmas coisas que você faz em relação aos seus relacionamentos e que tem o mesmo comportamento frente aos problemas amorosos. Assim, durante as reuniões você não dá conselhos a outra, você não faz perguntas, você respeita a experiência de cada um e absorve aquilo que tem de parecido com você, como se fosse um espelho de onde você busca os aspectos positivos da história para tentar modificar a sua forma de amar para que ela não te faça mais tão mal.
Os relatos são de mulheres que em seus relacionamentos se comportam com extrema submissão ao sentimento, que agem com posse da pessoa amada, pessoas capazes de ferir e de se machucarem quando as coisas no amor não estão da forma que acreditam que deveria estar, pessoas que desconfiam de si mesmas quando se trata da pessoa amada. Em nome desse amor muitas dessas mulheres se submetem a agressão física e agridem outros.”

Experiência 2: "A reunião do MADA teve bastante valor pelo fato de ter sido uma experiência de vida. Por mais que não há a troca de conselhos e consolos, é perceptível pelas atitudes/gestos, como por exemplo, afirmação com a cabeça a partir da escuta de algum depoimento que aquilo que foi dito se encaixa na sua situação, que as reuniões tem resultados positivos, cujos resultados são conquistados a partir da determinação de um espelho na imagem da outra MADA, no qual se vê a sua própria imagem na outra pessoa. E a partir disso tenta evitar e aplicar novas maneiras de viver para que não exerça a mesma situação.”

Experiência 3: “Frequentar as reuniões fez eu olhar as mulheres que amam demais de outra maneira. Agora não as julgo, pois compreendo que em muitos casos a vida dessas mulheres sempre foram marcada por sofrimentos, no qual há diversos fatores envolvidos como psicológicos, familiares, traumas, entre outros. As entendo como mulheres que precisam efetivamente de ajuda, e que o grupo é fundamental neste processo.
As reuniões emocionam e faz refletir, a partir dos relatos nos identificamos em algumas situações, ou procuramos aprender com a experiência vivida com a outra, para que não ocorra o mesmo erro.”

Experiência 4: "Participar, mesmo que por poucos encontros do MADA, foi uma grande experiência na minha vida. Mulheres ricas, bem vestidas, pobres, bonitas, novas e mais velhas,extremamente diferentes,reunidas para falar sobre um problema que afetava a todas, o amor excessivo. Aquelas que participavam do grupo há mais tempo serviam como um espelho para as que chegavam, como uma esperança, onde os erros, acertos e conseqüências dos atos das outras serviam de exemplo, e não de conselho. Estar ali é emocionante, eu me envolvi nas histórias delas e me peguei diversas vezes com lágrimas nos olhos, percebi o quanto o MADA as auxilia, e como ele ajudou a resgatar mulheres infelizes de um mundo obsessivo e dependente em que elas se encontravam. Definitivamente uma experiência marcante, não só para mim,mas creio que para todas as integrantes do grupo. "

Experiência 5: “A minha ida ao MADA foi uma grande experiência de vida, tive momentos de agoniação devido ter trago para a minha vida os relatos das mulheres. É um grupo que não aceita conselhos ou algo do tipo, mas mesmo assim cada depoimento te ajuda a refletir sobre as suas relacionamentos com as pessoas. Os relatos são exemplos de vida para cada pessoa que está ali presente, fazem com que o indivíduo pensem antes de agir e maneire nas suas demonstrações de amor, obsessão, controle, desconfiança, entre outros. Esses relatos contribuem a todas como um incentivo de não querer errar mais e de não deixar isso acontecer na sua vida”

Experiência 6: "Mulheres tristes, angustiadas, desamparadas e que sofrem, sofrem apenas por amarem demais. Amarem demais seus filhos, seus amigos, objetos, seus namorados e seus maridos. Vistas como loucas, desequilibradas e possessas, mas que mal há em proteger, agradar, cuidar... Que mal há em amar demais? Assim pensam as mulheres afetivamente dependentes, até que descobrem que seus relacionamentos destrutivos estão afundando, que elas estão ficando doentes fisicamente ou psiquicamente ou quando alguém as incentiva a procurar ajuda, e ai que surge o apoio, buscam o MADA. Nesta observação participante, pude conhecer como realmente são as mulheres que amam demais anônimas, sem os estigmas pregados pela sociedade. Pude conhecer um pouco acerca de suas dependências afetivas, suas carências e como elas se comportam diante de um relacionamento. É impactante e emocionante ouvir alguns depoimentos quando não se está acostumado com a realidade dessas mulheres, e por outro lado é possível se identificar com a fala de outras. MADA não é só apenas aquela mulher ciumenta e controladora, mas também aquela mulher sensível que carece de amor próprio."

Orações

ORAÇÃO DA UNIDADE
"Eu seguro a minha mão na sua,
E uno o meu coração ao seu.
Para que juntas possamos fazer,
Tudo aquilo que não posso fazer sozinha"

ORAÇÃO DA SERENIDADE
(autoria do teólogo Rinhold Niebuhr)

“Concedei-me Senhor,
a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar;
coragem para modificar aquelas que posso,
e sabedoria para distinguir umas das outras”.

CARACTERÍSTICA DE UMA MULHER QUE AMA DEMAIS

Robin Norwood
  1. Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas.
  2. Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com homens aparentemente carentes.
  3. Como não pode transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e afetuosas de que precisava, reage fortemente ao tipo de homem familiar, porém inacessível, o qual tenta, transformar através de seu amor.
  4. Com medo de ser abandonada, faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.
  5. Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for para "ajudar" o homem com quem esta envolvida.
  6. Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.
  7. Está disposta a arcar com mais de 50% da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.
  8. Sua auto-estima está criticamente baixa, e no fundo não acredita que mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de desfrutar a vida.
  9. Como experimentou pouca segurança na infância, tem uma necessidade desesperadora de controlar seus homens e seus relacionamentos. Mascara seus esforços para controlar pessoas e situações, mostrando-se "prestativa".
  10. Esta muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação.
  11. Tem tendência psicológica, e com freqüência, bioquímica a se tornar dependente de drogas, álcool e/ou certos tipos de alimento, principalmente doces.
  12. Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente, evita concentrar a responsabilidade em si própria.
  13. Tende a ter momentos de depressão, e tenta previní-los através da agitação criada por um relacionamento instável.
  14. Não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens "agradáveis" são enfadonhos.


Marília Gabriela estuda "Mulheres que Amam Demais"

01/12/2008 - Folha Online
Marília Gabriela ama com intensidade, apaixonadamente. Mas também desama demais e, em alguns casos, rapidamente. Nunca ficou doente, ela garante, como as personagens de seu novo livro, "Eu que Amo Tanto", que traz depoimentos de 13 mulheres que enlouqueceram, literalmente, de amor.
"Acho muito curioso que, por trás desse material tão nobre que é o amor, possa existir uma patologia, um desvio, uma perversão mesmo", disse a jornalista e atriz à Folha. "Eu nunca fui obsessiva, não conheço este tipo de sofrimento que essas mulheres conhecem." O livro nasceu de um encontro com o amigo e fotógrafo catalão Jordi Burch e da vontade de trabalhar num projeto sobre o tema amor.
Marília foi então atrás do grupo de apoio Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas), que reúne diferentes idades e classes sociais. Ela as convidou para participar do livro e colheu suas histórias em sua casa, em São Paulo.
"Eu as ouvi, fiz perguntas, gravei estas conversas. Depois, deixei muito claro que não usaria nenhum nome e que interpretaria o que elas me disseram. Disse que ia fazer uma história, literalizar e, de alguma forma, embelezar esse texto", explicou Marília.
"O livro ajudou a me entender como mulher, a entender o que acontece nos relacionamentos afetivos, em como fazemos nossas escolhas."
Não falam sobre os encontros da Mada e sim das experiências pessoais. No capítulo "A Angústia", há até violência misturada a ciúme doentio, que acaba em internação e vontade de morrer. "Chutei, chutei e hoje sinto mais esta culpa quando vejo ele mancar", diz a primeira personagem do livro. "Culpa e angústia, belas companhias que arranjei para mim!".
Em outro conto, uma menina jovem, modelo, narra sua obsessão frenética, "internética". "Ele me vigia e eu a ele. Acho que foi por isso que inventaram o Orkut, para perpetuar a vigilância, perseguir a neurose", diz outra mulher, obcecada também pelo celular, chegando a ligar 78 vezes seguidas para o namorado, no mesmo dia.
Em todos os registros, de uma maneira ou de outra, fala-se em família, quase sempre problemática. "O que me pareceu muito latente nesta amostragem é que muitas repetem seus pais em seus homens. E um bocado delas tem questões para resolver com suas mães.
Agora, não tenho a menor dúvida de que somos resultado de nossos lares", disse Marília.


Reunião MADA


“Quando estamos apaixonadas significa sofrimento; quando a maior parte das nossas conversas com amigas íntimas é sobre ele, os seus problemas, o que ele pensa, os seus sentimentos… quando quase todas as nossas frases começam por «ele…», estamos a amar de mais.
Quando lhe desculpamos o mau humor, o mau gênio, a indiferença ou os atribuímos a uma infância infeliz e tentamos tornar-nos sua terapeuta, estamos a amar demasiado.
Quando lemos um livro de auto-ajuda e sublinhamos todas as passagens que achamos que o ajudariam, estamos a amar demasiado.
Quando não gostamos das suas características básicas, dos seus valores e comportamentos, mas os suportamos pensando que se formos apenas atraentes e suficientemente apaixonadas ele se modificará por nós, estamos a amar de mais.
Quando a nossa relação põe em risco o nosso bem-estar emocional e até, talvez, a nossa saúde física e a nossa segurança, estamos sem dúvida a amar de mais.
Apesar de toda a dor e insatisfação, amar demasiado é uma experiência tão comum para tantas mulheres que acabamos por chegar a acreditar que essa é a forma como devem ser as relações íntimas. Muitas de nós amamos de mais, mesmo que tenha sido apenas uma vez, e para muitas de nós a situação foi recorrente. Algumas de nós tornámo-nos tão obcecadas pelo nosso parceiro e pela relação que mal somos capazes de funcionar."


(Prefácio do livro Mulheres que Amam Demais)

Mulheres que Amam Demais - Texto e Voz de Vera Mattos


Texto da jornalista e psicanalista Vera Mattos, que aprofunda a reflexão sobre o emocional da mulher que ama demais, se dedica e esquece de si mesma.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Os estigmas e as Mulheres que Amam Demais

O MADA é um grupo repleto de estigmas e pelo qual muitas pessoas possuem um conceito pré-formado e a falta de conhecimento faz com que não se possa compreender a doença de amar demasiadamente que essas mulheres carregam.
            Entender qual a verdadeira identidade dessas mulheres pode evitar que os problemas gerados por esse transtorno se tornem complicado o bastante a ponto de comprometer a vida dessas mulheres e de outras pessoas.
            Apesar de serem poucos os estudos sobre o tema, indícios mostram que as mulheres que procuram o MADA tentam substituir o desejo de posse por outro que possibilite viver em equilíbrio e harmonia na sociedade. Assim, acredita-se na positividade do grupo MADA na vida dessas mulheres que necessitam de ajuda, visto que, as mulheres que amam demais têm seu comportamento transformado durante os encontros do grupo, mostrando que com ajuda para entender o problema elas podem ter uma vida diferente de quando se ama demais.
            Compreender quem são as mulheres que amam demais e como elas se comportam, de fato, em seus relacionamentos amorosos é um passo para que os estigmas sejam deixados de lado, que a mulher que ama demais não seja vista como “louca” ou “desequilibrada” mas como alguém que possui um problema e que procurou ajuda com pessoas que são capazes de compreendê-las.

A experiência de amar demais

Em nenhuma época buscou-se tanto o relacionar-se e em nenhuma outra também houve tantos relatos de pessoas infelizes, insatisfeitas, incompletas, frustradas, ainda que sedentas de relacionamentos.
A experiência de amar pode trazer alegria e felicidade, mas também pode gerar dor, sofrimento e tristeza. Este é o tipo de amor cultivado pelas mulheres que procuraram o grupo de auto- ajuda MADA – Mulheres que amam demais anônimas.  Para os integrantes da MADA quando amar significa sofrer é porque não estamos amando de maneira “saudável”, estamos amando de maneira “errada”, e essa forma de amar caracteriza a dependência amorosa ou o “ problema de relacionamento”.  O “amar certo” ancorado em princípios individualistas, é construído a partir de uma visão naturalista e idealizada do amor, que o considera um sentimento natural, universal e sempre positivo para os sujeitos.
O “amar demais” do MADA representa uma situação extrema, na qual o apego ao ser amado e o sentimento de responsabilidade por ele são máximos, chegando ao ponto de colocar o individuo na posição do dependente do relacionamento e, assim alienado de sua condição individual. Essas mulheres dependem de uma relação destrutiva, que causa dor e sofrimento tanto para quem ama demais como para quem é amado.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Você é uma mulher que ama demais?


A primeira vez que alguém vai ao MADA, responde a este questionário que mostra se a pessoa é dependente de outras. Abaixo esta as questões.

Responda, sinceramente:

1) Torno-me obsessiva com os relacionamentos?
(...) sim             (...) não

2) Nego o alcance do problema?
(...) sim             (...) não

3) Minto para disfarçar o que ocorre numa relação?
(...) sim             (...) não

4) Evito as pessoas para ocultar o problema?
(...) sim             (...) não

5) Repito atitudes para controlar a relação?
(...) sim             (...) não

6) Sofro acidentes devido à distração?
(...) sim             (...) não

7) Sofro mudanças de humor inexplicáveis?
(...) sim             (...) não

8) Pratico atos irracionais?
(...) sim             (...) não

9) Tenho ataques de ira, depressão, culpa ou ressentimento?
(...) sim             (...) não

10) Tenho ataques de violência?
(...) sim             (...) não

11) Sinto ódio de mim mesma e me auto- justifico?
(...) sim             (...) não

12) Sofro doenças físicas devido à enfermidades produzidas por stress?
(...) sim             (...) não

Se você respondeu afirmativamente a três das doze perguntas, é uma mulher dependente de relacionamentos.

Origem do Grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas


O grupo MADA foi criado baseado no livro da psicóloga e terapeuta familiar americana Robin Norwood, “Mulheres que Amam Demais”, editado, pela primeira vez, em 1985. Norwood escreveu o livro baseado na sua própria experiência e na experiência de centenas de mulheres envolvidas com dependentes químicos. Ela percebeu um padrão de comportamento comum em
todas elas e as chamou de “mulheres que amam demais”.
Para Norwood (1985) ser Mada significa desenvolver uma doença emocional pela dependência de relacionamentos, é um padrão de comportamento obsessivo-compulsivo, no qual as mulheres buscam relacionamentos que lhes causam sofrimento e com os quais não conseguem romper. Assim, essas mulheres experimentam sentimentos de dependência, descontrole, sofrimento psíquico, raiva, medo, entre outros, além de doenças e acidentes
causados pelas situações conflituosas.
No Brasil, o primeiro Grupo MADA foi aberto em São Paulo, por uma mulher casada com um dependente químico que se identificou com a proposta do livro. A primeira reunião do Grupo MADA, no bairro Jardins, em São Paulo, foi realizada em 16 de abril de 1994, seguido pelo Rio de Janeiro, onde a primeira reunião aconteceu em 06 de julho de 1999."

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que é o grupo MADA?

      MADA é um grupo de recuperação para mulheres que têm como objetivo se recuperar da dependência de relacionamentos destrutivos, aprendendo a se relacionar de forma saudável consigo mesma e com os outros. Trata-se de uma ajuda àquelas que acreditam que a dependência de relacionamentos afetivos prejudica intensificamente suas vidas, seja relacionamentos entre namorados, amigos, maridos, filhos, professor, aluno e, entre outros.        
    As reuniões tem como propósito compartilhar experiências e realizar a “terapia de espelhos” por meio dos depoimentos (experiência pessoal), onde trabalham somente com a escuta, pois determinam a ausência de conselhos, consolos e julgamentos, ou seja, evita falar sobre a outra e não há diálogo. O silêncio faz parte do tratamento.