terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A experiência de amar demais

Em nenhuma época buscou-se tanto o relacionar-se e em nenhuma outra também houve tantos relatos de pessoas infelizes, insatisfeitas, incompletas, frustradas, ainda que sedentas de relacionamentos.
A experiência de amar pode trazer alegria e felicidade, mas também pode gerar dor, sofrimento e tristeza. Este é o tipo de amor cultivado pelas mulheres que procuraram o grupo de auto- ajuda MADA – Mulheres que amam demais anônimas.  Para os integrantes da MADA quando amar significa sofrer é porque não estamos amando de maneira “saudável”, estamos amando de maneira “errada”, e essa forma de amar caracteriza a dependência amorosa ou o “ problema de relacionamento”.  O “amar certo” ancorado em princípios individualistas, é construído a partir de uma visão naturalista e idealizada do amor, que o considera um sentimento natural, universal e sempre positivo para os sujeitos.
O “amar demais” do MADA representa uma situação extrema, na qual o apego ao ser amado e o sentimento de responsabilidade por ele são máximos, chegando ao ponto de colocar o individuo na posição do dependente do relacionamento e, assim alienado de sua condição individual. Essas mulheres dependem de uma relação destrutiva, que causa dor e sofrimento tanto para quem ama demais como para quem é amado.


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