Experiência 1: “É como se todo aquilo que pensasse estivesse ido por água a baixo, encontrei ali mulheres normais que procuraram ajuda para compreender seu sentimento e sua forma de amar, pois constataram que havia algo de errado com seus relacionamentos, não só casamento, namoro, mas também com amigos e filhos, todos os relacionamentos ao qual dispensavam amor.
Essas constatações de que há algo de errado não caí do céu, em cerca de 90% das mulheres do grupo, isso vem depois de muito sofrimento e perdas. Em alguns casos chegar a acreditar que sua forma de amar esta errada vem da agressividade que se encontravam, dos ciúmes excessivos, da desconfiança que se tornava insuportável, do afastamento das pessoas que amavam, da reação delas após esse afastamento e assim por diante.
Assim, após essa decisão de procurar ajuda elas procuravam o MADA e lá não há um médico para fazer seu diagnostico e dizer o que você deve mudar, existem pessoas que algum dia passaram ou ainda passam pelas mesmas coisas que você, que faz as mesmas coisas que você faz em relação aos seus relacionamentos e que tem o mesmo comportamento frente aos problemas amorosos. Assim, durante as reuniões você não dá conselhos a outra, você não faz perguntas, você respeita a experiência de cada um e absorve aquilo que tem de parecido com você, como se fosse um espelho de onde você busca os aspectos positivos da história para tentar modificar a sua forma de amar para que ela não te faça mais tão mal.
Os relatos são de mulheres que em seus relacionamentos se comportam com extrema submissão ao sentimento, que agem com posse da pessoa amada, pessoas capazes de ferir e de se machucarem quando as coisas no amor não estão da forma que acreditam que deveria estar, pessoas que desconfiam de si mesmas quando se trata da pessoa amada. Em nome desse amor muitas dessas mulheres se submetem a agressão física e agridem outros.”
Experiência 2: "A reunião do MADA teve bastante valor pelo fato de ter sido uma experiência de vida. Por mais que não há a troca de conselhos e consolos, é perceptível pelas atitudes/gestos, como por exemplo, afirmação com a cabeça a partir da escuta de algum depoimento que aquilo que foi dito se encaixa na sua situação, que as reuniões tem resultados positivos, cujos resultados são conquistados a partir da determinação de um espelho na imagem da outra MADA, no qual se vê a sua própria imagem na outra pessoa. E a partir disso tenta evitar e aplicar novas maneiras de viver para que não exerça a mesma situação.”
Experiência 3: “Frequentar as reuniões fez eu olhar as mulheres que amam demais de outra maneira. Agora não as julgo, pois compreendo que em muitos casos a vida dessas mulheres sempre foram marcada por sofrimentos, no qual há diversos fatores envolvidos como psicológicos, familiares, traumas, entre outros. As entendo como mulheres que precisam efetivamente de ajuda, e que o grupo é fundamental neste processo.
As reuniões emocionam e faz refletir, a partir dos relatos nos identificamos em algumas situações, ou procuramos aprender com a experiência vivida com a outra, para que não ocorra o mesmo erro.”
Experiência 4: "Participar, mesmo que por poucos encontros do MADA, foi uma grande experiência na minha vida. Mulheres ricas, bem vestidas, pobres, bonitas, novas e mais velhas,extremamente diferentes,reunidas para falar sobre um problema que afetava a todas, o amor excessivo. Aquelas que participavam do grupo há mais tempo serviam como um espelho para as que chegavam, como uma esperança, onde os erros, acertos e conseqüências dos atos das outras serviam de exemplo, e não de conselho. Estar ali é emocionante, eu me envolvi nas histórias delas e me peguei diversas vezes com lágrimas nos olhos, percebi o quanto o MADA as auxilia, e como ele ajudou a resgatar mulheres infelizes de um mundo obsessivo e dependente em que elas se encontravam. Definitivamente uma experiência marcante, não só para mim,mas creio que para todas as integrantes do grupo. "
Experiência 5: “A minha ida ao MADA foi uma grande experiência de vida, tive momentos de agoniação devido ter trago para a minha vida os relatos das mulheres. É um grupo que não aceita conselhos ou algo do tipo, mas mesmo assim cada depoimento te ajuda a refletir sobre as suas relacionamentos com as pessoas. Os relatos são exemplos de vida para cada pessoa que está ali presente, fazem com que o indivíduo pensem antes de agir e maneire nas suas demonstrações de amor, obsessão, controle, desconfiança, entre outros. Esses relatos contribuem a todas como um incentivo de não querer errar mais e de não deixar isso acontecer na sua vida”
Experiência 6: "Mulheres tristes, angustiadas, desamparadas e que sofrem, sofrem apenas por amarem demais. Amarem demais seus filhos, seus amigos, objetos, seus namorados e seus maridos. Vistas como loucas, desequilibradas e possessas, mas que mal há em proteger, agradar, cuidar... Que mal há em amar demais? Assim pensam as mulheres afetivamente dependentes, até que descobrem que seus relacionamentos destrutivos estão afundando, que elas estão ficando doentes fisicamente ou psiquicamente ou quando alguém as incentiva a procurar ajuda, e ai que surge o apoio, buscam o MADA. Nesta observação participante, pude conhecer como realmente são as mulheres que amam demais anônimas, sem os estigmas pregados pela sociedade. Pude conhecer um pouco acerca de suas dependências afetivas, suas carências e como elas se comportam diante de um relacionamento. É impactante e emocionante ouvir alguns depoimentos quando não se está acostumado com a realidade dessas mulheres, e por outro lado é possível se identificar com a fala de outras. MADA não é só apenas aquela mulher ciumenta e controladora, mas também aquela mulher sensível que carece de amor próprio."
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